Sem acordo, greve de ônibus de Curitiba deve continuar até o dia 6 de março

Desembargadora diz que até a nova audiência, 50% da frota deve ser mantida

A reunião no Tribunal Regional do Trabalho do Paraná (TRT-PR) entre representantes do Sindicato das Empresas de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana (Setransp), do Sindimoc, que representa motoristas e cobradores e representantes da prefeitura de Curitiba acabou sem acordo na tarde desta quinta-feira (27). A desembargadora Ana Carolina Zaina, que presidiu a sessão, adiou a audiência para o dia 6 de março. Ou seja, o curitibano vai passar o carnaval a pé. A determinação, no entanto, é que 50% da frota seja mantida nas ruas no período nos horários de pico e 30% nos horários normais. Caso as partes entre em acordo, a audiência pode ser antecipada.

As empresas ofereceram inicialmente uma contraproposta de 7,26%, o que representa 2% de ganho real sobre a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). Com isso, os salários dos motoristas iriam para R$ 1.783 e os dos cobradores para R$ 1.009. A desembargadora, Ana Carolina Zaina, no entantosugeriu que a oferta de reajuste fosse elevada para 7,5%, uma redução de 3 pontos percentuais sobre a oferta de 10,5%, feita pela desembargadora em reunião na quarta-feira (26) e aprovada pelos motoristas em assembleia ao meio-dia nesta quinta-feira (27). Representantes do Sindimoc alegam que a proposta fica muito abaixo dos 16% reinvindicados para os motoristas e 22%., para motoristas.

Depois de as partes irem para as salas reservadas para discutir as propostas, a desembargadora anunciou que não chegaram a um acordo. Agora, o Ministério Público do Trabalho propôs 8,5% de reajuste para motoristas e 10,5% para cobradores e também não houve acordo.

Em assembleia na Praça Rui Barbosa, nesta quinta-feira (27), motoristas e cobradores de Curitiba e Região Metropolitana aceitaram por unanimidade a proposta de reajuste salarial feita pela Justiça. O acordo aumenta o salário da classe em 10,5%, mais abono de R$300 e aumento de R$100 no vale-alimentação (que seria de R$400).Contudo, o presidente do Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Curitiba e Região Metropolitana (Sindimoc), Anderson Teixeira, durante a votação, disse que a greve, iniciada na quarta-feira (26) continua por tempo indeterminado. Apesar de aprovada, a proposta ainda não foi ratificada pelas empresas de ônibus, tratando-se somente de uma sugestão feita pela desembargadora Ana Carolina Zaina.

Fonte Bem Paraná

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