A Prefeitura de Curitiba conta, a partir de agora, com um ônibus que vai funcionar como unidade móvel para atender as mulheres em situação de violência. A entrega do veículo foi feita nesta quinta-feira (20) pela ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres, Eleonora Menicucci, ao prefeito Gustavo Fruet.
Durante a solenidade, realizada no Salão de Atos do Parque Barigüi, a ministra entregou para a secretária de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos (Seju), Maria Tereza Uille Gomes, mais dois ônibus que serão destinados às outras regiões do estado.
As unidades móveis são ônibus adaptados e equipados, com duas salas para o atendimento emergencial, com equipe multidisciplinar treinada para receber as denúncias das mulheres e para prestar primeiro atendimento.
Os veículos fazem parte das ações do programa “Mulher Viver sem Violência”, do governo federal, e vão circular nas áreas mais distantes dos centros urbanos, levando serviços se segurança pública e de justiça com base na Lei Maria da Penha – que protege as mulheres em situação de violência doméstica.
Além da Casa da Mulher Brasileira - cujas obras terão início neste primeiro semestre e vai atender a mulher urbana - Curitiba recebe agora esta unidade móvel que vai até às mulheres de regiões menos centrais. “O Município de Curitiba têm o compromisso de, junto com o Fórum de Mulheres do Campo e da Floresta, pegar a estrada imediatamente”, disse a ministra.
Para o prefeito Gustavo Fruet, a medida é mais um passo para levar a estrutura pública para aquelas pessoas que ficam constrangidas e não procuram um órgão oficial para receber ajuda. Ele conta que o Município está aumentando esta estrutura com os consultórios de rua e com a Patrulha Maria da Penha. “Este ônibus é muito bem-vindo.Será utilizado em parceria com os municípios da região metropolitana de Curitiba e Litoral, para atender as mulheres das áreas rurais”.
Para Fruet, a violência é inaceitável. “Precisamos ter uma ação diária, atitudes para mostrar que este país defende a igualdade e não tolera a violência”, disse.
A secretária municipal da Mulher, Roseli Isidoro, afirma que Curitiba vai ficar responsável por coordenar o serviço, que atenderá as mulheres da região metropolitana e do Litoral, possibilitando às moradoras dessas áreas o acesso aos serviços especializados da Rede de Atendimento à Mulher em Situação de Violência, com orientação adequada e humanizada. “Para isso já temos agendado uma reunião com a Associação dos Municípios da Região Metropolitana de Curitiba, com quem vamos estabelecer a parceria do serviço”, disse.
Uma equipe multidisciplinar com psicólogos, assistentes sociais, estagiários de Direito está sendo montada e, neste primeiro momento, o trabalho desta unidade móvel será o de prestar esclarecimentos sobre a Lei Maria da Penha e sua aplicação, informações sobre direitos e divulgação dos serviços da rede que atende as mulheres em situação de violência. “Vamos levar o que já temos aqui em Curitiba, para as mulheres das regiões mais afastadas”, anunciou.
A unidade desenvolverá ações de prevenção, assistência e apuração dos casos, no meio rural, tendo por norte os eixos do Pacto Nacional pelo Enfrentamento da Violência contra as Mulheres.
Também participaram da solenidade a secretária Nacional de Enfrentamento à Violência contra a Mulher, Aparecida Gonçalves, a vice-prefeita e secretária municipal do Trabalho e Emprego, Mirian Gonçalves, a presidente da Fundação de Ação Social, Marcia Oleskovicz Fruet, as deputadas Luciana Rafagnin, Marla Tureck e Mara Lima, a vereadora Professora Josete, prefeitos da região metropolitana de Curitiba, representantes da Marcha das Margaridas (mulheres trabalhadoras rurais), Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar da Região Sul, Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado do Paraná, União Brasileira de Mulheres, Fórum Popular de Mulheres, Rede Feminina de Saúde, Rede de Mulheres Negras e Defensoria Pública e a Marcha Mundial de Mulheres.
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